quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Na Câmara, Temer derruba possibilidade de ser investigado pelo STF



Mesmo antes do fim da votação no plenário da Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira (2/8), o governo conseguiu os 172 votos necessários para barrar o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, no Supremo Tribunal Federal.

Os parlamentares analisaram o relatório apresentado pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que recomendou a rejeição da denúncia contra Temer.

A sessão começou às 9h desta manhã. Por volta das 15h30, o placar registrava a presença de 342 deputados no Plenário - quórum mínimo para que ocorresse a votação - e 463 deputados na Casa. Os parlamentares discursaram a favor e contra a denúncia.

No fim da tarde, o plenário foi marcado por empurra-empurra e confusão durante o discurso do líder da minoria, deputado Zé Guimarães (PT-CE). O tumulto começou após dois parlamentares jogarem camisetas um no outro e logo tornou-se geral. Outros deputados jogaram dólares falsos para o alto e começaram a gritar.

Malas de dinheiro também foram levantadas e o famoso boneco Pixuleco, na forma do ex-presidente Lula com uniforme carcerário, foram trazidos. Um deles estava na mão do presidente do PT, Carlos Zarattini (PT-SP). 

O presidente passou a ser investigado após as delações premiadas da JBS. O empresário e um dos donos do grupo JBS, gravou, sem o conhecimento de Temer, uma conversa com ele no palácio do Jaburu, em 7 de março. 

Mais cedo, o advogado de Temer, Antônio Mariz de Oliveira, pediu aos deputados que não acatassem o pedido para remeter a denúncia. “Deem um ano e meio para Temer seguir sua ‘obra magnífica’”, afirmou da tribuna, ao fazer a defesa do presidente e afirmar ter certeza de que a denúncia não será acatada.

O advogado criticou a delação de Joesley Batista e destacou que a gravação da conversa do empresário com o presidente teve “deturpação, enxertos e uma série de vácuos”, por isso questionou a sua legitimidade como prova.

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