Menos, companheiro
Antes da posse, Gilberto Carvalho, novo secretário-geral da Presidência, que também Dilma chama de Gilbertinho, já dera uma entrevista, avisando que Lula poderá ser convocado em 2014 “se surgirem problemas”. Agora, ele volta à mídia, repetindo a dose e chamando Lula de “reserva do tipo Pelé” e dando a entender de que o ex-presidente pode voltar à cena até no meio do novo governo. Dilma não quer uma terceira entrevista, nem mesmo depois que Gilbertinho discursou dizendo que “daria sua vida” por Lula. Palocci, suavemente, transmitiu o recado: “Menos, companheiro, menos”.
Idéia de Lula
Dilma jamais entraria, agora e nos próximos muitos meses, em rota de combate com Lula, mesmo já tendo manifestado algumas opiniões que não coincidem com as do ex-presidente e de ter nomeado José Eduardo Cardozo para a Justiça (ele era contra). Ou seja: até porque sua filha Paula, procuradora de justiça em Porto Alegre, acha que o termo que deve ser usado é presidente (e não presidenta), ela usou a segunda alternativa em seu discurso por causa de Lula. Foi dele (e João Santana ajudou na empreitada) a idéia de confeccionar nova placa para o Rolls Royce onde se lia: Presidenta do Brasil.
Barrado no baile
Se a ex-ministra Erenice Guerra, protagonista do grande escândalo de tráfico de influência na Casa Civil e da nomeação de um festival de parentes, foi convidada para a posse (e estava sentada, por coincidência, entre Luis Nascimento, da Camargo Corrêa e Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez) e se José Dirceu e José Genoíno também estavam lá, Delubio Soares, protagonista-mór do mensalão, ainda não entendeu por que não recebeu convite.
Não queria sair
Dilma Rousseff havia acertado com o diplomata Antonio Patriota, novo ministro das Relações Exteriores, que, caso fosse eleita, ele substituiria Celso Amorim. Só que Amorim não queria sair: nas semanas que antecederam o segundo turno até às vésperas do anúncio oficial do nome de Patriota, ele procurou Lula sucessivas vezes tentando ficar, provocando um comentário do ex-presidente com o pessoal de seu núcleo duro: “O cara não entende que o nosso tempo já passou”.
Congestionamento
Se José Serra ainda não tirou da cabeça a idéia de disputar, pela terceira vez, a Presidência da República em 2014 e se esse é o sonho de todos os dias do senador Aécio Neves, mais um nome pode ser acrescentado no bloco tucano: Geraldo Alckmin também acha que, com um grande governo em São Paulo, estará pronto para disputar, pela segunda vez, o Planalto.
Um comentário:
O psdb já era. Com este "lideres" que estão ai, nem pra vereador de Caçapava (ainda bem que não ganham nem mesmo aqui)
Postar um comentário