Josias de Souza
Governador de Pernambuco e presidenciável do PSB, Eduardo Campos disse que o governo petista, que ele integrava até duas semanas atrás, atravessa uma fase de “fadiga”. Coisa natural na política, declarou. O velho MDB já experimentou. O PSDB também. “As forças políticas envelhecem, como as pessoas envelhecem, como as máquinas nas empresas ficam ultrapassadas”, comparou, numa palestra a empresários.
Nas palavras de Eduardo Campos é preciso construir no Brasil uma “nova política”. Algo que permita manter os “acertos” e “avançar”. Sem citar Lula, criticou a tática do amigo de tratar 2014 como um novo round da polarização PT versus PSDB. “Não podemos reduzir o Brasil a nós e a eles”, disse o candidato do PSB, lanterninha nas pesquisas.
Em reforço à sua tese, recordou o raquitismo do debate eleitoral de 2010. “O debate foi pobre, desprovido de pensamento estratégico. Estamos sentindo falta das ideias do debate que não houve. Precisamos pensar o país para além da eleição de 2014.”
Faltou combinar as opiniões fortes com meio quilo de ideias.
Eduardo Campos também criticou a aliança que dá suporte ao governo. “O presidencialismo de coalização”, disse ele, “não leva o Brasil a nenhum lugar.” Absteve-se de dizer como faria para obter sustentação congressual caso virasse presidente. Tampouco explicou por que se manteve por tanto tempo sob o guarda-chuva da coalizão que não conduz “a nenhum lugar”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário