As manifestações de rua iniciadas no mês de junho com forte adesão popular se transformaram em grupos isolados permeados pela violência. O black bloc, grupo de mascarados que despontou nesses atos, agora é visto como sinônimo de baderna. O Rio de Janeiro chegou a criar uma lei que proíbe máscaras em protestos justamente para coibir ações de vandalismo e conflitos com a polícia. Na última semana, no Rio e em São Paulo, viaturas foram tombadas, agências bancarias quebradas e patrimônio público depredado.
Em reportagem do Fantástico, da Rede Globo, integrantes de grupos agora alegam que o movimento ficou fora de controle. "Não existe um grupo fechado, com integrantes cadastrados ou identificados. Mas um grupo que se reunia em local, data e hora pré-definidos”, disse um deles.
“Você tem uns que têm esse viés político. E você tem uma horda que eu diria que, essa sim, é a grande maioria que só vai para manifestação para praticar crimes”, avalia Fernando Reis, diretor-geral do Departamento de Polícia Especializada do Rio de Janeiro.
Em São Paulo, foi criada uma força-tarefa pra identificar e punir os vândalos. No Rio, as autoridades também prometem rigor. Agora, o baderneiro pode responder por organização criminosa, com pena de até oito anos de cadeia.
O Fantástico conseguiu outro documento inédito. No dia 27 de setembro, a Polícia Federal e a Interpol - a polícia internacional - enviaram um ofício ao procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro. Trata-se de um alerta sobre possíveis ataques cibernéticos - ou seja, pela internet - e manifestações violentas no próximo dia 5 de novembro.
O plano seria do grupo chamado "Anonymous" e teria, entre os alvos, Washington, Paris, Londres, Cidade do México, Porto Rico e Rio de Janeiro.
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