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O deputado federal Francisco Escórcio (PMDB-MA) é um dos poucos integrantes da Câmara capaz de dizer, sem qualquer vergonha, aquilo que boa parte dos colegas tenta esconder, temendo o rótulo de corporativistas.
Nestas sexta-feira, Chiquinho Escórcio, como era conhecido nos tempos em que circulava no Congresso como homem de confiança de José Sarney, resolveu defender a continuidade do pagamento de 14º e 15º salários aos parlamentares. A Câmara deve votar nas próximas semanas uma proposta que extingue o benefício.
“Qual desses colegas que, quando chega à base, não tem que ajudar numa receita médica, numa passagem para poder dar para os seus concidadãos que estão passando necessidade? Quem é aquele que chega e não é obrigado a pagar um almoço quando tem uma reunião?”, disse.
Escórcio acha pouco o salário de 26 723 reais, além dos cerca de 30 000 reais da verba indenizatória para custear passagens, hospedagem, alimentação, gasolina, assessoria jurídica, divulgação da atividade parlamentar e conta telefônica. O maranhense não abre mão dos salários adicionais: “Encontraram essa saída para essas verbas que nós estamos toda hora metendo a mão no bolso para poder exercer a nossa função. Nós temos perdido muito, e cada perda dessa nós não vamos recuperar”.
Um comentário:
Deveria sim chamar-se Francisco Escória (da sociedade). Dou-lhe um conselho: se entende que está perdendo, junte a mala e vá embora.
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