O Globo
Depois de mais de um ano de disputa , a Embraer finalmente foi declarada a vencedora da concorrência para fornecer aviões para a Força Aérea dos EUA. O contrato, no valor de US$ 427 milhões, inclui 20 aeronaves de apoio aéreo tático, equipamentos para treinamento de pilotos no solo, peças de reposição e apoio logístico. Os modelos Super Tucanos serão fabricados em Jacksonville, Flórida, em parceira com a Sierra Nevada Corporation (SNC), e serão usados em missões de apoio às forças que estão no Afeganistão.
A informação da vitória foi dada em primeira mão pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, ao ministro da Defesa, Celso Amorim na noite desta quarta-feira. O ministro comunicou imediatamente o fato à presidente Dillma Rousseff, que considerou o resultado da licitação uma demonstração da capacidade da indústria aeronáutica nacional.
— Isso certamente vai abrir muitas novas portas para um projeto bem-sucedido, que já demonstrou ser exitoso no país e em outras partes do mundo — afirmou Amorim.
Uma fonte de alto escalão do governo brasileiro declarou à Reuters que o resultado da concorrência coma Força Aérea americana é um “desdobramento muito positivo” para a Boeing na disputa pelo contrato bilionário da compra de 36 caças pelo governo brasileiro. A Força Aérea deve desembolsar entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões na compra das aeronaves. Além da americana Boeing, a fabricante francesa Fafale e a sueca Saab também participam da concorrência.
A Embraer havia sido declarada vencedora da licitação no começo do ano passado, mas o processo foi suspenso depois que a sua rival a Hawker Beechcraft (HB) contestou a decisão do governo americano.
Na segunda concorrência aberta pela Força Aérea dos EUA, a Embraer se beneficiou da experiência comprovada do avião em operações de contrainsurgência. O modelo AT-6, da HB só tinha sido usado em operações de treinamento, até então.
— Esta escolha confirma que o A-29 Super Tucano é a aeronave mais efetiva para as operações LAS (apoio aéreo leve) — disse Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.
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