segunda-feira, 18 de junho de 2012

SP: manifestantes defendem parto natural e criticam número de cesáreas



Agência Brasil

Um ato em defesa do parto natural e contra o elevado número de cesarianas no Brasil reuniu hoje, na capital paulista, cerca de 500 pessoas. A estimativa dos organizadores da marcha era de um público três vezes maior que o calculado pela Polícia Militar: 1.500 pessoas. A Marcha do Parto em Casa foi programada para 16 localidades.

Em São Paulo, os manifestantes concentraram-se no Parque Mário Covas, próximo ao Parque do Trianon, na Avenida Paulista, de onde seguiu até a porta do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), na Rua da Consolação.

Um dos destaques da manifestação foi o obstetra Jorge Kuhn, da Universidade Federal de São Paulo, defensor da tese de que o Brasil poderia reduzir o número de cesarianas e de que muitos partos não precisam, necessariamente, ocorrer um hospital. “Talvez eu tenha sido o estopim de um movimento que existe há bastante tempo em São Paulo e no Brasil, e o que faltava era dar maior visibilidade”, disse o médico.

Sobre o fato de o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro ter pedido de que ele fosse punido por defender tal posição, Jorge Kuhn disse que tudo não passa “de desconhecimento, o que faz com que as pessoas rejeitem as coisas”. Ele lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que apenas entre 10% e 15% dos bebês nasçam por meio de cesariana.

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