Agência Brasil
Um ato em defesa do parto natural e contra o elevado número de cesarianas no
Brasil reuniu hoje, na capital paulista, cerca de 500 pessoas. A estimativa dos
organizadores da marcha era de um público três vezes maior que o calculado pela
Polícia Militar: 1.500 pessoas. A Marcha do Parto em Casa foi programada para 16
localidades.
Em São Paulo, os manifestantes concentraram-se no Parque Mário Covas, próximo
ao Parque do Trianon, na Avenida Paulista, de onde seguiu até a porta do
Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), na Rua da Consolação.
Um dos destaques da manifestação foi o obstetra Jorge Kuhn, da Universidade
Federal de São Paulo, defensor da tese de que o Brasil poderia reduzir o número
de cesarianas e de que muitos partos não precisam, necessariamente, ocorrer um
hospital. “Talvez eu tenha sido o estopim de um movimento que existe há bastante
tempo em São Paulo e no Brasil, e o que faltava era dar maior visibilidade”,
disse o médico.
Sobre o fato de o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro ter pedido
de que ele fosse punido por defender tal posição, Jorge Kuhn disse que tudo não
passa “de desconhecimento, o que faz com que as pessoas rejeitem as coisas”. Ele
lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que apenas entre 10% e
15% dos bebês nasçam por meio de cesariana.
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