O Ministério das Relações Exteriores brasileiro anunciou que o Mercosul e a Unasul decidiram afastar o Paraguai de suas atividades até que a “ordem democrática seja restabelecida”. Palmas para o Brasil e para essas duas aglomerações do atraso e do cinismo político latino.
Em 1998 foi incluída no regimento do Mercosul uma cláusula democrática que previa a saída do país que se afastar da democracia. De lá pra cá a entrada da Venezuela do bufão Hugo Chávez, no Mercosul, passou a ser considerada, mesmo ele transgredindo todas as instituições democráticas de seu país, controlando a liberdade de imprensa, expropriando patrimônios particulares, nacionalizando a iniciativa privada e perseguindo opositores. A Argentina, que trilha o mesmo caminho com pitadas peronistas, fala duro no Mercosul. Outros bufões vão pela mesma trilha de censuras e arbitrariedades como o Equador, Nicarágua e a Bolívia, onde, aliás, um opositor do governo está na embaixada brasileira pedindo asilo por estar sendo perseguido pelo regime do índio, e o Brasil até hoje não se pronunciou a respeito.
E vem falar em “ruptura da ordem democrática no Paraguai”? Isso não passa de mais uma blenorragia ideológica latina para proteger um “cumpanhero” em apuros.
O pedido de impeachment que depôs o presidente Fernando Lugo seguiu os trâmites legais do país. Se assusta os vizinhos latinos, é porque em países como o Brasil a complacência com os desonestos e incompetentes é elástica, o parlamento é conivente e a justiça leniente.
É preciso deixar de lado essa mediocridade ideológica que não consegue entender as idiossincrasias regionais quando um companheiro é prejudicado.
PS: A Venezuela, que como vocês todos sabem, preza tanto a democracia, anunciou embargo ao Paraguai. Suspendeu o envio de petróleo.
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