Josias de Souza
Na rotina de Ricardo Lewandowski, o tempo tornou-se uma variável dolorosa. Os ponteiros converteram-se em espadas. Revisor do processo do mensalão, o ministro se autoimpôs um prazo para a entrega do seu voto, sem o qual o julgamento não pode começar. Disse que entregaria a peça até o final de junho.
Pois bem. A ampulheta de Lewandowski está na bica de engolir toda a areia. As horas mais preciosas do ministro são os segundos. O Supremo até já marcou o início do julgamento para 1o de agosto. Inquirido sobre o compromisso que assumira, o revisor do mensalão disse:
“Estou trabalhando dia e noite, no avião, no carro. Não terminei, mas não desmenti [a promessa de entregar o voto em junho]”. Hummm!
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