Folha
O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira recebeu R$ 705 mil dos sócios da
Ailanto Marketing, empresa acusada de desviar dinheiro público do amistoso da
seleção contra Portugal, em 2008. É o que mostram documentos inéditos em mãos do
Ministério Público do Distrito Federal aos quais a Folha teve acesso.
A história começa em julho de 2008. No dia 2 daquele mês, Sandro Rossell,
atual presidente do Barcelona, amigo de Teixeira, assumiu o controle da Ailanto
juntamente com Vanessa Precht. Promotores suspeitam que a empresa é de fachada,
montada só para realizar o jogo.
Na mesma época, o dirigente do Barcelona fez dois repasses de dinheiro a
Teixeira -em 20 de junho e 4 de julho. Foram registrados como empréstimo em um
valor de R$ 500 mil. Pelo menos até 2010, segundo o Imposto de Renda de 2011 de
Rossell, o dinheiro não foi devolvido.
Logo depois do repasse a Teixeira, a Ailanto foi contratada, sem licitação,
pelo governo distrital para organizar o amistoso da seleção no final daquele
ano. Para isso, utilizou R$ 9 milhões em recursos do Distrito Federal.
No ano seguinte, em março, a outra sócia da Ailanto, Vanessa Precht, assinou
contrato de arrendamento de uma fazenda de Teixeira. Ele deveria receber R$ 600
mil.
Novos documentos obtidos pela Folha -incluindo sete cheques nominais dela
para Teixeira -mostram como parte do dinheiro foi pago.
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