Estadão
Milhares de peças de roupas que foram doadas por voluntários de todo o País -
e que deveriam ser destinadas aos desabrigados pela inundação que em 2009
destruiu metade da pequena cidade de São Luís de Paraitinga, no Vale do Paraíba
- foram parar no aterro sanitário municipal há 15 dias.
As peças, que estavam armazenadas em um galpão privado na zona rural desde a
catástrofe, foram condenadas pela Vigilância Sanitária. Após análise clínica,
constatou-se a existência de fungos e foi determinado que o material fosse
descartado, uma vez que não há mais condições de uso.
Em nota, a prefeitura afirmou que instaurou um procedimento administrativo de
sindicância "para apuração de eventual responsabilidade funcional dos servidores
que acompanharam as doações". Na nota, a prefeitura não estipula um prazo para a
conclusão das investigações. O caso veio à tona dois anos após a tragédia e a
prefeitura afirmou que desconhecia o problema, que foi denunciado por
moradores.
Na noite de 31 de dezembro de 2009, mais de 2 mil pessoas foram obrigadas a
abandonar suas casas, após o Rio Paraitinga transbordar. A maioria saiu com a
roupa do corpo e perdeu tudo. Além dos mais variados donativos arrecadados, as
roupas eram o acessório mais procurado pelos desabrigados.
(...)
Um comentário:
Frequentei São Luiz na oportunidade deste evento e se ouvia lá que somente apadrinhados conseguia mantimentos e roupas a vontade, pois o resto era minguado e aqui está a triste prova. Malditos sejam os que sonegaram aquilo que de bom grado os valeparaibanos doaram.
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