O juiz federal Paulo Augusto de Moreira Lima, que autorizou as escutas telefônicas da Operação Monte Carlo e a prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, foi transferido da 11ª Vara Federal de Goiás por ordem do presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região desembargador Mário Cesar Ribeiro, o que pode no mínimo, atrasar o processo, senão extingui-lo.
O novo juiz que vier a assumir terá que ler os cinqüenta e três volumes do processo com milhares de página cada um, antes de tomar qualquer decisão.
Segundo o TRF, a troca foi feita porque alguns magistrados vão entrar de férias, mas não garantiu que o juiz voltará à 11ª Vara depois do período de férias.
Hoje o TRF pode concluir o julgamento iniciado na semana passada para decidir se as escutas telefônicas da Operação, autorizadas pelo juiz agora transferido, são ou não válidas. Lembrando que dos três juízes que analisam o caso, um já deu seu parecer pela anulação das escutas. Justamente o juiz Tourinho Neto, o mesmo que na sexta-feira passada concedeu habeas corpus para o bicheiro alegando que a “poeira abaixou” e que ele, Cachoeira, praticou um “ilícito menor”. A defesa do bicheiro alega que as escutas foram autorizadas baseadas em “denúncia anônima”. Uma das últimas manifestações do juiz Moreira Lima no processo da quadrilha do bicheiro foi a defesa da legalidade das escutas. Seu relatório foi desprezado por Tourinho Neto.
Ou seja, a Operação Monte Carlo pode se anulada e o bicheiro Carlinhos Cachoeira pode virar vítima com direito a indenização do Estado.
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