A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres,
criticou a falta de médicos nos serviços que fazem aborto legal no País. Ela
observou que muitos centros funcionam apenas na teoria porque profissionais se
recusam a fazer o procedimento, alegando objeção de consciência.
"É preciso que esses serviços coloquem outra pessoa no lugar", disse Eleonora
nesta quinta-feira, durante reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
A lei permite que gestações que coloquem a mulher em risco ou resultem de
violência sexual possam ser interrompidas. Atualmente, existem no País 63
centros cadastrados para realização desse tipo de atendimento.
Além de considerar o número insuficiente, grupos feministas relatam que, com
frequência, mulheres não conseguem ser atendidas nos serviços, sobretudo em
instituições administradas por grupos religiosos.
O discurso da ministra arrancou elogios de grupos feministas, mas foi
imediatamente respondido pelo representante da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) no conselho, Clóvis Bonfleur. "Religião é um direito que tem de
ser respeitado.É preciso pensar em alternativas. A obrigação de ofertar serviços
de saúde é do Estado", rebateu.
Eleonora também citou resultados de pesquisas realizadas demonstrando a falta
de qualidade nos serviços de atendimento às vítimas.
2 comentários:
Com uma cara e um pensamento deste quero saber quem foi o médico que a deixou nascer.
Esta de fato é mal amada.
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