terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

BBB 11 - Em nome da audiência, Boninho dá marcha a ré no BBB

Volta da transexual Ariadna, pedidos de "mais verdade" dos participantes e regras surpresa tentam compensar a falta de carisma dos confinados



Bebedeiras, doce de leite degustado sobre o corpo de um dos participantes, ‘beijaço’ e revelações sobre preferências sexuais. Passado o porre da festa do BBB, o que fica? Talvez a certeza de que Ariadna, a transexual que era a maior novidade da 11ª edição do programa, foi eliminada cedo demais. E que seus ex-companheiros não estão conseguindo, sozinhos, manter acordada a audiência. Para resolver o beco em que o Big Brother se meteu, Boninho, o mestre do reality-show brasileiro, deu marcha a ré no programa: quem sai, na verdade, não sai. Como assim? Assim mesmo: o participante eliminado pode voltar a qualquer momento, e quem não estava na casa também pode entrar.

Ariadna, assim como Maurício, o segundo eliminado, foram tirados de circulação tão logo deixaram o cárcere. Estão, para todos os efeitos, à disposição da direção do BBB, como prevê o contrato. Para o público, a presença de Ariadna foi substituída, menos de 24 horas depois da eliminação, por uma espécie de “promessa de que ela vai voltar”. A verdade sobre o destino da “moça que já foi Thiago” deve vir à tona na quinta-feira, quando será inaugurada a casa de vidro do programa, construída – não pela primeira vez – em um shopping da Barra da Tijuca.

Ter a transexual de volta é uma forma de tentar fazer o BBB entregar o que prometeu. A produtora de eventos Diana provocava a expectativa de “primeiro beijo lésbico” da história do reality – e, melhor dizer, da TV aberta. Completaria, assim, o que Angélica, a Morango, não concluiu na edição passada. Até o momento, tudo o que se viu foi uma ‘lambida de doce de leite não correspondida’ em Michelly. Pelo lado dos homens, desta vez foram confinados dois homossexuais assumidos: o jornalista Lucival, cotado para ser um novo Jean Wyllys, e o pernambucano Daniel. Por enquanto, os dois só produziram fofoca – o que, na ausência de algo melhor, rende para os blocos editados que vão ao ar na Globo.

Até Maria, cujo passado a credenciava a ser a mulher fatal dessa edição, deixou a desejar. A moça que já se exibiu em canais de pornografia na internet embarcou, de cara, em um ‘namoro’ na casa. Agora, chama mais atenção pelas piadas que não entende do que pelo que, em tese, especializou-se em fazer diante das câmeras. Como ela, Paula, que se declarou “trissexual”, não produziu nada além de risadas.


Por ser de verdade, o BBB, apesar das regras, sempre teve graça pelo que “pode rolar”, ou o que “rola sem roteiro” dentro da casa. Mas nesta edição essa fórmula volta e meia precisa ser lembrada, como Bial fez com os participantes, e como tem sido feito também com os espectadores. Depois da entrada de Adriana e Wesley, os dois novatos que não estavam no primeiro grupo confinado, Bial lembrou: eles estão imunes no próximo paredão, mas nem os dois nem o restante da casa sabem disso! Ora, se o barato é a surpresa, a Globo parece já estar avisando “que vai ter surpresa”, ou que “o jogo vai melhorar semana que vem”.

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