quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O ATO E O FATO


Para que servem?

Brasilino Neto
A matéria do jornal “O VALE” de 27 de dezembro de 2013 me obriga a fazer esta pergunta.

Digo isto ao ler o artigo que tem como título “Projetos decorativos dominam pauta dos deputados da região”, onde pude ver que os eleitos nada fizeram para tornar a vida dos eleitores valeparaibanos mais agradável ou no mínimo menos contundente.

Vejam: O deputado Alexandre da Farmácia (PP), de São José dos Campos aprovou através da Lei nº 15.222/2013, a inclusão no Calendário Estadual de Eventos a cavalgada, carreata e passeata para Jesus, que ocorre no mês de maio em São José dos Campos. Nada mais.

O deputado Helio Nishimoto (PSDB) teve dois projetos aprovados, o primeiro através da Lei nº 14.948/2013, que dispõe sobre a venda de banana por dúzia e não por quilo, e o segundo que institui o Dia Estadual do Okinawa Karate-Do. Nada Mais.

O deputado Marco Aurélio (PT), de Jacareí aprovou através da Lei nº 15.068/2013 a declaração de Utilidade Pública do Lar São Vicente de Paulo de Silveira. Nada mais.

O deputado padre Afonso (PV) aprovou quatro projetos, sendo o primeiro através da Lei nº 14.936/2013, com a instituição do Dia Estadual do Vegetariano, o segundo pela Lei nº 14.937/2013, que instituiu o Dia Estadual do Macrobiótico, o terceiro pela Lei nº 14.963/2013, que instituiu o Dia Estadual dos Doutores da Alegria e quarta pela Lei nº 15.024/2013, que instituiu o Dia Estadual da Pastoral da Criança. Nada mais. E daí?

Como se não bastasse a imposição em vermos vãs proposituras, ainda tomamos conhecimento que o Emanuel Fernandes (PSDB), deputado federal com base em São José dos Campos, onde como se sabe foi bom prefeito, não teve um só projeto aprovado, aliás, nem mesmo poderia ter, pois não o apresentou, isto mesmo, não apresentou sequer um projeto na Câmara Federal. Passou em brancas nuvens. Nada mais.

E para completar esta triste história de nossos deputados, ficamos aqui avaliando quantos papéis, tempo, horas de trabalhos de assessores (que são muitos), de falatórios inconsistentes, de valores despendidos para que estas aprovações se dessem, além de seus ganhos que estão fixados por volta de R$ 20.000,00, mais os benefícios que recebem, dentre os quais carros com motorista que vem buscá-los em suas cidades de origem e leva-los diariamente à Assembléia, e vice-versa. 

Cabe aqui então algumas perguntas: para que servem estes deputados? são estes deputados quem devemos reeleger em 2014? 

Fiquemos atentos para as cantilenas que entoarão em nossos ouvidos a partir de meados de 2014, de modo que possamos bem avaliar e escolher quem realmente deve nos representar na Assembléia e na Câmara Federal.

3 comentários:

Paulo L. disse...

Dr. Brasa, simplesmente primoroso, agora basta que tenhamos vergonha e o mínimo de inteligência para escolher realmente quem queira e tenha interesse em trabalhar por nós, e não apenas ganhar/tomar nosso sofrido dinheirinho.

Anônimo disse...

Caramba, como somos enrolados por esses caras sô.

JBB disse...

Poxa Brasilino no final do ano você nos brindou com uns artigos legais, mas logo no começo de 14 você manda essa bomba pra gente ficar irritado. O tristesa de país esse.