O juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais de Brasília, autorizou Delúbio Soares a trabalhar fora do presídio da Papuda. O ex-tesoureiro do PT será contratado pela CUT no Distrito Federal. Receberá salário mensal de R$ 4,5 mil. Após o expediente, terá de retornar ao xadrez. Continuará dormindo atrás das grades.
“É sabido que o benefício de trabalho externo, além de ser fundamental para ressocialização do sentenciado, o que em última análise configura o desígnio da execução penal, é compatível com o regime semiaberto”, anotou o juiz no seu despacho.
O magistrado acrescentou: “Não é muito lembrar que a concessão do beneplácito neste momento constitui uma possibilidade de se avaliar a disciplina, autodeterminação e responsabilidade do reeducando antes de uma possível transferência para um regime de pena mais avançado.”
Nesse trecho, o doutor deixou claro que o ex-gestor das arcas espúrias do mensalão pode perder o direito ao resfresco. Fazem jus ao semiaberto os sentenciados a menos de oito anos de cadeia. Por ora, Delúbio cumpre pena de 6 anos e 8 meses por corrupção ativa.
Porém, encontra-se pendente de julgamento no STF o recurso no qual Delúbio contestou a condenação por formação de quadrilha –mais 2 anos e 3 meses. Se o pedido de revisão for indeferido, a pena sobe para 8 anos e 11 meses. Em regime fechado.
Josias de Souza
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