quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Jeito Marina de fazer política pode tirar de Campos o seu ÚNICO aliado até agora…


O PPS é um pequeno partido, mas tem peso moral na política brasileira. Para Eduardo Campos, governador de Pernambuco e provável candidato do PSB à Presidência, tem especial valor porque, até agora, é o único aliado conquistado. Hoje ao menos, fica difícil enxergar algum outro.

Pois bem, o jeito Marina Silva de fazer política pode levar Campos a perder esse aliado único. A seção paulista do PPS, que foi decisiva para que o partido escolhesse Campos — parte considerável defendia o apoio ao tucano Aécio Neves —, quer rever a decisão caso o PSB resolva mesmo romper a aliança com os tucanos em São Paulo, conforme exige a chefe da Rede. Um líder que não consegue um único aliado, parece-me, define o alcance da própria candidatura.

Engraçada essa Marina Silva. No seu Acre natal, ela não vê necessidade nenhuma de construir uma alternativa. Há 15 anos está aboletada no poder no Estado, junto com os irmãos Viana. Por lá, ela está com o PT e fim de papo. Considerando o seu peso nacional e internacional — na imprensa ao menos —, deveria botar pra quebrar e mostrar como é essa tal “nova política”.

No Acre, ela se contenta com a velha mesmo. E, reitero, não é assim tão popular. Na eleição presidencial de 2010, Serra conquistou 52,13% dos votos no Estado; em segundo lugar, Dilma ficou com 23,92%; em terceiro, Marina obteve apenas 23,45%.

Não sei, não… É justo ter a impressão de que a ex-senadora prefere um Campos realmente isolado. Quem sabe ele desista. Isso talvez explique a relutância da Rede em declará-la, desde já, candidata a vice na chapa.

Por Reinaldo Azevedo

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