Para estudiosos, criminosos perigosos não se tornam violentos; eles simplesmente permanecem da mesma maneira que sempre foram.
Segundo Richard E. Tremblay, para compreender o criminoso violento deve-se imaginar um menino de dois anos fazendo as coisas responsáveis pela má fama dessa idade: agarrar, chutar, puxar, socar e morder.
Agora o imagine fazendo isso com o corpo e os recursos de um rapaz de 18 anos.
Você acabou de visualizar tanto uma criança perfeitamente normal quanto um criminoso violento típico como Tremblay, psicólogo do desenvolvimento da University College Dublin, Irlanda, os vê – a criança e a criatura que usa automaticamente a agressão física para conseguir o que deseja; o criminoso é a rara pessoa que nunca aprendeu a agir de outra forma.
Em outras palavras, criminosos perigosos não se tornam violentos. Eles simplesmente permanecem da mesma maneira que sempre foram.
Tais descobertas têm sido reproduzidas em vários e grandes estudos de diversos pesquisadores em muitos continentes.
“É altamente confiável”, disse Brad J. Bushman, professor de psicologia da Universidade Estadual de Ohio e especialista em violência infantil. Segundo ele, as crianças pequenas usam a agressão física ainda mais do que as pessoas em gangues juvenis violentas. “Graças a Deus as criancinhas não usam armas”.
Filho de um jogador de futebol americano profissional, Tremblay também praticou o esporte e ficou fascinado com sua versão regulamentada de agressão física extrema. Depois da faculdade, ele foi assistente social em uma prisão e viu com os próprios olhos a raridade com que tais programas mudavam criminosos violentos. Quando a criança violenta fica grande, já costuma ser tarde demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário