Quando Michelle Bachelet tomar posse, em 2014, a América Latina terá pela primeira vez quatro países sob o comando feminino.
As outras presidentes em exercício na região são Dilma Rousseff, no Brasil, Cristina Kirchner, na Argentina, em seu segundo mandato, e Laura Chinchilla, na Costa Rica.
Duas mulheres também exercem o papel de primeira-ministra em países do Caribe: Portia-Simpson Miller, na Jamaica, e Kamla Persad-Bissessar, em Trinidade e Tobago.
Essa ascensão política feminina na região desde 2006, quando Bachelet foi eleita pela primeira vez, se deve em parte a um grande desgaste com os políticos como um todo e à demanda por renovação nesses países, segundo Kirsten Sehnbrunch, diretora do Centre for New Development Thinking da Universidade do Chile.
"As pessoas em geral confiam mais nas mulheres do que nos homens e isso se projeta nas eleições. E as mulheres também não têm a imagem associada à corrupção", afirma a autora do livro "Chile debaixo do Arco-Íris: 20 Anos da Concertação".
"Eu entregaria minha carteira e o meu bebê, por exemplo, para Bachelet e para Evelyn Matthei, mesmo não tendo votado em uma delas. Porque confiamos na competência e na boa intenção das mulheres." (Na Folha)
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