Folha de São Paulo
Pouco mais de um mês após assumir a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto (foto abaixo) já precisou entrar em campo duas vezes para apaziguar os ânimos de colegas e enfrentou resistências de alguns deles, principalmente relativas ao julgamento do mensalão.
Os ministros reagiram, por exemplo, à proposta feita por ele de separar um mês na agenda da corte para julgar o caso e decidiram que o julgamento não ocorrerá em todos os dias da semana. Assim, a análise da ação deve levar dois meses para terminar.
Para Ayres, o ideal seria o tribunal fazer uma força-tarefa e resolver a
questão do mensalão em três ou quatro semanas, liberando mais tempo de seu curto
mandato de sete meses para outros assuntos. Ele deixará a corte em novembro,
quando completará 70 anos.
A maioria de seus colegas, porém, foi contra. O relator da ação, Joaquim
Barbosa, afirmou não ter condições físicas de participar de sessões diárias e
que durem o dia inteiro por conta de seus problemas de coluna.
Ayres também queria usar o recesso de julho para analisar o caso. Da mesma
forma, ouviu dos colegas que isso seria inviável. Alguns deles, como Marco
Aurélio e Barbosa, já avisaram que têm compromissos e até viagens marcadas para
o período de férias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário