A cúpula do PT já estava acomodada para o evento que lançaria a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Mais de vinte petistas - entre os quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu afilhado político Haddad e os ministros Miriam Belchior (Planejamento), José Eduardo Cardozo (Justiça), Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Educação) - ocupavam seus lugares na mesa quando ele chegou. O presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, discursava.
Dez minutos depois de ter sido anunciado, o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula e réu processo do mensalão, José Dirceu, entrou. Sozinho, como se quisesse que todas as atenções se voltassem para si - nem que fosse por alguns segundos. Rui Falcão citou seu nome ao falar aos quase 3.000 militantes petistas que lotavam o Centro de Convenções do Expo Center Norte, na Zona Norte da cidade. Sem se preocupar em ser discreto, Dirceu subiu ao palco e roubou a cena. Cumprimentou um a um e abraçou todos até chegar ao centro da mesa, onde estavam Lula e Haddad. Curvou-se e apertou a mão do candidato do PT a prefeito.
Com a cena, Dirceu estava oficialmente na campanha petista na capital paulista. A permanência na disputa política, no entanto, depende do resultado do julgamento do mensalão.
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