O Globo
Não fosse o fato de que a eventual saída de Orlando do Silva do Ministério do
Esporte causaria mais problemas para o cronograma da Copa do Mundo de 2014,
dirigentes da Fifa brindariam, em Zurique, a notícia de que ele deixaria o
cargo. Nos últimos meses, o ministro tornou-se persona non grata para a entidade
máxima do futebol.
Até porque é responsabilizado por um dos principais impasses na preparação do
Brasil para o torneio: a Lei Geral da Copa.
Orlando já ocupava a pasta do Esporte, em 2007, quando o Brasil foi escolhido
para sediar o torneio. Segundo fontes da Fifa, o ministro assumiu o compromisso
de entregar, até 2009, o pacote legislativo que faz parte do acordo para o
Mundial. No entanto, além de o pacote só ter sido aprovado mês passado, a Fifa
diz que o Brasil voltou atrás numa série de pontos acertados.
O ministro contribuiu ainda para o desgaste com o que foi visto pela Fifa
como tentativas de ganhar evidência. Causou irritação uma entrevista em que ele
prometeu a conclusão de nove dos 12 estádios da Copa prontos até o fim do ano
que vem — atualmente, apenas três estão dentro do prazo.
Em Guadalajara, no México, para comentar os Jogos Pan-Americanos, o agora
deputado Romário (PSB-RJ) também falou sobre as denúncias:
— Se for provado que ele (Orlando) é culpado, terá de ser afastado porque não
vai ter mais capacidade moral para ser ministro do Esporte.
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