De passagem pelo Senado, Reditario Cassol, lamenta fim do "chicote" para os presos e sugere "forca" para quem não deixar o crime
Apesar de nascido no Brasil e filho de brasileiros, o senador Reditario Cassol (PP-RO) carrega um forte sotaque italiano. Foi criado em uma colônia italiana em Santa Catarina por causa da origem de seus avós. O senador fala “ladrón” em vez de ladrão. Escapam-lhe boa parte dos plurais. Faltam-lhe nomes. Ele trata Gleisi Hoffmann apenas como a "primeira ministra" da presidente Dilma Rousseff. De passagem pelo Senado, já que é suplente do filho, Ivo Cassol (afastado para reestruturar o PP no estado), o ex-delegado tem 72 anos.
Em Santa Catarina ele foi vereador pela Arena e delegado. Depois de migrar para Rondônia, seguiu carreira política e foi escolhido pelo regime militar para comandar a prefeitura de Colorado do Oeste. Na curta passagem pelo Senado, suscitou críticas ao pedir a aplicação de "chicote" em presos.
Trechos da entrevista ao site de Veja:
O que o senhor achou das críticas depois de defender o “chicote” nos presos?
Eles entenderam mal. Antigamente até chicote havia. A borracha pegava. Hoje é o contrário. A gente era feliz e não sabia.
Por quê?
Quando eu comandei a delegacia, as coisas eram diferentes. Quando o camarada era preso, ele ia para a cana. As cadeias viviam quase vazias. O preso tinha que prestar serviço. Quando ele não obedecia, o chicote pegava. Depois do fim da pena, nunca mais você via o sujeito de novo. Hoje transformaram o presídio numa creche. Tem do bom e do melhor: comida trocada todo dia, com nutricionista fiscalizando. Tem os direitos humanos lá dentro, do lado deles, esquecendo das vítimas. E ainda com celular, visita íntima e atrás disso a família recebendo um salário de 862 reais, o auxílio-reclusão - esquecendo que as vítimas ficaram sem nada. É uma vergonha. Hoje a polícia prende, o camarada trupica, dá uma esfolada, e vai dizer que polícia empurrou. E o policial é processado. Os culpados somos nós, legisladores, que criamos leis que protegem criminosos.
O senhor defende chibata para ministro corrupto?
Tinha que ter cadeia para eles. Para mim, quem assalta uma casa ou rouba dinheiro público é ladrão do mesmo jeito.
E a pena de morte?
Deveriam estabelecer: quem passa a cometer o segundo crime tinha que ir para a forca. É uma realidade. Passa pelo segundo crime, ou que fosse lá o terceiro: forca. Não pode ficar do jeito que está. Cometer dez, vinte crimes e ficar numa boa, no presídio. E o povo brasileiro, que trabalha, é quem sustenta.
E a Lei da Palmada?
É uma vergonha nacional. Tiraram o poder dos pais de ensinar. Eu, por exemplo, tenho oito filhos. Os primeiros seis tiveram uma conduta correta, trabalharam desde cedo, nunca me incomodaram. Na escola, havia respeito com as professoras, que podiam botar no castigo. Quem entrou com essa proposta (da Leia da Palmada) é sem-vergonha. Meus filhos mais velhos nunca me fizeram passar vergonha. Ao contrário dos outros dois, que estão dando incômodo até no colégio porque a professora não pode dar um castigozinho e os pais não podem passar a varinha.
O senhor têm ainda filhos em idade escolar?
Um de 10 e um de 14 anos.
O senhor têm ainda filhos em idade escolar?
Um de 10 e um de 14 anos.
Um comentário:
Senador nada a acrescentar ou tirar de sua fala. Pau neles. O Senhor está absolutamente correto. Prossiga, pois tem o apoio da maioria que não quer as questões colocados somente de forma 'politicamente correta.'
Postar um comentário