O incentivo de Lula para que Orlando Silva e PCdoB resistam confirma a visão
do ex-presidente de que o importante é a manutenção da base parlamentar. Às
favas com a ética. Se este for o preço a pagar para a manutenção de votos no
Congresso, que seja.
E assim o lulopetismo segue a empurrar a vida pública brasileira para os
níveis éticos mais baixos desde a redemocratização, em 1985.
Afinal, Lula não aconselha os aliados a resistir a uma vil campanha de
difamação, mas a uma impressionante enxurrada de fatos concretos sobre como o
partido manipula verbas do ministério para transferir recursos a ONGs
companheiras, tudo indica para abastecer o caixa 2 do partido e de filiados.
A ponto de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedir ao Supremo
abertura de inquérito sobre a atuação de Orlando Silva no ministério, e do
antecessor, Agnelo Queiroz, ex-PCdoB, governador de Brasília pelo PT. Gurgel não
escondeu a surpresa com a escala nacional das operações de desvio.
Como no mensalão — diante do qual Lula fraquejou, ao dizer que fora traído,
para depois negar a existência do esquema —, vale, na visão lulopetista, a
defesa dos fins, a serem alcançados não importam os meios.
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