O Pará já tem uma "metrópole" vivendo em assentamentos. Dos 7,5 milhões de
habitantes do estado, cerca de 1,3 milhão mora em áreas que foram destinadas à
reforma agrária, segundo dados do Incra. Isso significa que os assentados
correspondem a 17% da população total e à metade da população rural do
estado.
Pelo IBGE, uma cidade é considerada metrópole quando o número de seus
habitantes ultrapassa um milhão. É como se toda a população de São Luís ou de
Goiânia morasse em assentamentos. No Pará, para piorar, essa "metrópole" se
expande e avança sobre áreas da Floresta Amazônica que deveriam ser
preservadas.
- O número é extremamente preocupante. Hoje, não há fiscalização eficaz em
todos esses assentamentos e muitos são irregulares. O desmate avança sem
controle - diz Paulo Amaral, pesquisador da Oscip Instituto do Homem e Meio
Ambiente da Amazônia (Imazon).
Os números confirmam a preocupação. Levantamento do Imazon mostrou que, em
agosto deste ano, o Pará foi o estado que mais desmatou na Amazônia. Foram 119
quilômetros quadrados de vegetação derrubada no estado, metade da área devastada
na Amazônia Legal no período.
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