Seis mudanças de primeiro escalão em dez meses de governo têm dimensão de
reforma ministerial. Com as exceções de Antonio Palocci — desvio ético — e
Nelson Jobim — incompatibilidade de gênios —, os quatro restantes, com a
defenestração ontem de Orlando Silva, do Esporte, foram abatidos por evidências
de corrupção no entorno e dentro dos próprios gabinetes.
É provável que retorne a discussão sobre se Dilma voltou a usar a vassoura da
“faxina”, que tanto melhorou sua avaliação no eleitorado de oposição no
Sul/Sudeste. Este debate ao menos já delimitou alguns pontos: a presidente
herdou uma equipe montada pelo mentor, Lula, e, se procura não compactuar com
“mal feitos”, tem limites.
Afinal, não pode desmontar parte da sua base parlamentar, construída no toma
lá dá cá praticado como poucas vezes se viu em Brasília.
Conta ponto a favor da presidente, como no caso dos ministérios dos
Transportes (Alfredo Nascimento/PR), Agricultura (Wagner Rossi/PMDB) e Turismo
(Pedro Novais/PMDB), o fato de reagir às evidências de que o ministro usava o
cargo para irrigar a legenda de dinheiro público e/ou enriquecer
correligionários.
Tem comportamento oposto ao de Lula, que, em nome do correto princípio da
presunção da inocência, fechava os olhos a atos hediondos de corrupção.
Um comentário:
Ate eu que tenho ojeriza por comunista quero ser um deles, pois comunista com muito direito, e surrupiado dos cofres públicos, é melhor ainda, pois vem sem sacrificios.
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