domingo, 20 de fevereiro de 2011

Que tipo de voto?

O Globo

A partir de terça-feira vai começar uma nova batalha entre PT e PMDB no Congresso, na Comissão do Senado presidida pelo senador do PP do Rio Francisco Dornelles que vai debater a reforma política. A disputa básica é entre o voto em lista, com financiamento público de campanha, defendido pelo PT, e a adoção de uma espécie nativa de voto distrital, o “distritão”, que tem o apoio do vice-presidente Michel Temer.

No voto em lista, o partido escolhe os candidatos, os coloca em uma ordem de preferência, e o eleitor vota na legenda partidária.

Serão eleitos os primeiros da lista, até preencher o número de cadeiras a que o partido tem direito pelo quociente eleitoral.

Já no “distritão”, cada estado transforma-se em um imenso distrito eleitoral. Se um estado tem direito a eleger 40 deputados, os 40 mais votados entram na Câmara.

Com mais de 3 mil projetos de reforma política já apresentados, e cerca de 5 mil pareceres, o problema dos senadores será chegar com objetividade a até 10 tópicos relacionados com a reforma política, e discutir quais são os pontos em que é possível chegar-se a uma proposta.

Dornelles presidirá a comissão com uma certeza: “a única coisa que é impossível na política brasileira é prever o que vai acontecer”.

Voto majoritário para deputado é a grande novidade que está em discussão, o chamado “distritão”, uma idéia antiga do senador Dornelles, que foi encampada pelo vice-presidente Michel Temer.
 
Por Merval Pereira

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