Ao que parece, a candidata Dilma Rousseff assimilou com rapidez os ensinamentos de seu mestre, o companheiro-presidente Lula da Silva. E a bazófia certamente foi o quesito que mais encantou a presidenciável petista. Preocupada em arrebatar o maior número possível de pessoas simpáticas à sua candidatura, a candidata palaciana ousou dizer que, se eleita, as meninas do Brasil poderão ter sonho idêntico ao dos meninos: ser presidente da República.
Em um país onde impera o machismo chauvinista e as mulheres são maioria, tentar abocanhar o eleitorado feminino é uma questão tão óbvia quanto ululante – o vernáculo não tem qualquer relação com o nosso guia. Trata-se de mais uma afronta oficial aos direitos do cidadão, que na Carta Magna são traduzidos pela frase “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. Ou seja, Dilma quer fazer de uma cláusula pétrea uma inovação com sua rubrica. E é preciso lembrar que nem tudo que leva a rubrica da escolhida de Lula foi lido.
Qualquer cidadão brasileiro pode se candidatar a qualquer cargo eletivo, desde que respeitadas as exigências legais. Ser candidato à Presidência da República não é uma questão de gêneros, mas de competência, caráter, talento e compromisso com a verdade.
Outrossim, se o clima de “já ganhou” que infesta a claque de Dilma Rousseff se transformar em realidade nas urnas de outubro próximo, as meninas do Brasil que esperem a vez confortavelmente sentadas, pois o golpe anunciado em 2003 tende a se prolongar. Especialmente porque desaparelhar a máquina será a mais árdua e hercúlea tarefa do povo brasileiro desde a chegada do desorientado Pedro Álvares Cabral na Ilha de Vera Cruz.
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