Marina Silva parece decidida a subverter a máxima segunda a qual sinceridade em campanha política é matéria-prima inexistente.
A presidenciável do PV já se declarou contra o aborto e a união entre homossexuais. Nessas matérias, faz uma concessão ao plebiscito.
Nesta segunda (26), Marina posiconou-se contra a pretensão do governo da Itália de ver extraditado o ex-guerrilheiro Cesare Battisti.
O STF, como se recorda, decidiu pela extradição de Battisti, condenado à prisão perpétua pelo suposto assassinato de quatro pessoas.
Mas o Supremo delegou a palavra final a Lula. Para não prejudicar sua candidata, Dilma Rousseff, o presidente trata o caso a golpes de barriga.
Se Marina estivesse na posição de Lula, Battisti, preso em Brasília, ganharia refúgio permanente no país. O que ela disse:
"O Brasil já deu abrigo até a ditadores. Por que com ele seria diferente? Aí o Brasil tem uma tradição. Se o princípio é dar apoio e suporte, mantêm-se os princípios".
Há duas vantagens na sinceridade de Marina. O eleitor dela não poderá alegar arrependimento. E ela não terá como se queixar da votação miúda
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