terça-feira, 27 de julho de 2010

Se Marina fosse presidente, o Battisti ficaria no Brasil

Josias de Souza

Marina Silva parece decidida a subverter a máxima segunda a qual sinceridade em campanha política é matéria-prima inexistente.

A presidenciável do PV já se declarou contra o aborto e a união entre homossexuais. Nessas matérias, faz uma concessão ao plebiscito.

Nesta segunda (26), Marina posiconou-se contra a pretensão do governo da Itália de ver extraditado o ex-guerrilheiro Cesare Battisti.

O STF, como se recorda, decidiu pela extradição de Battisti, condenado à prisão perpétua pelo suposto assassinato de quatro pessoas.

Mas o Supremo delegou a palavra final a Lula. Para não prejudicar sua candidata, Dilma Rousseff, o presidente trata o caso a golpes de barriga.

Se Marina estivesse na posição de Lula, Battisti, preso em Brasília, ganharia refúgio permanente no país. O que ela disse:

"O Brasil já deu abrigo até a ditadores. Por que com ele seria diferente? Aí o Brasil tem uma tradição. Se o princípio é dar apoio e suporte, mantêm-se os princípios".

Há duas vantagens na sinceridade de Marina. O eleitor dela não poderá alegar arrependimento. E ela não terá como se queixar da votação miúda

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