segunda-feira, 19 de julho de 2010

Bispo venezuelano chama Chávez de 'temerário'

Presidente acusou Igreja Católica de planejar golpe para o derrubar


O segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), bispo Roberto Luckert, chamou Hugo Chávez de temerário. O presidente da Venezuela acusa a Igreja de planejar um golpe de Estado e declarou, na última quarta-feira, que “o papa não é o embaixador de Cristo na Terra”. Luckert disse que "não é de se estranhar esta atitude do presidente de insultar a Igreja".

Segundo o bispo, Chávez não conseguirá iniciar uma briga com a cúpula da Igreja, cujos membros “já estão acostumados a aguentar seus insultos". Segundo ele, a função dos bispos é "ajudar e apoiar, e é uma temeridade falar de conspiração".

A crise começou quando o cardeal Jorge Urosa, arcebispo de Caracas, denunicou que o presidente está conduzindo o país ao "socialismo marxista”. No domingo, em seu programa dominical, Chávez felicitou a Assembleia Nacional por ter convocado o Urosa para "apresentar provas" da declaração.

Ofensas - Na última quarta-feira, Chávez pediu ao chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, que revisasse um acordo de 1964 da Constituição que prevê "certos privilégios" à Igreja Católica sobre outras religiões.

Chávez afirmou que o papa não é o embaixador de Cristo na Terra e chamou os bispos de "trogloditas" e "homens das cavernas" que desconhecem as leis e a Constituição. Segundo o presidente, estão aliados com a oposição frente às próximas eleições legislativas, que serão realizadas em setembro.

Não é a primeira vez que Chávez ataca os religiosos. Ele acusou os integrantes da igreja de terem participado de um golpe de Estado que o tirou do poder por dois dias em 2002.

Nenhum comentário: