Cipriani Hall, em Nova York, que também se recusou a sediar homenagem a Bolsonaro. No destaque, Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente: ele também não gosta do cachimbo da paz em matéria de meio ambiente. Prefere o charuto de poderoso chefão da guerra e ataca servidores até em redes sociais |
Em vez do estadista, o palanqueiro; em vez do chefe de Estado, o deputado do baixo-clero que não consegue esquecer e esconder os seus rancores. As finanças brasileiras à beira do colapso, e o presidente da República a exercitar seus ódios particulares na Internet. Não se anunciaram programa, diretriz, objetivos… Nada! Seu público gosta que ele fale mal da Funai, do Ibama, das ONGs e das reservas indígenas. Então ele fala. Ricardo Salles, seu ministro do Meio Ambiente, é muito mais do que seu escudeiro na questão. Exerce o seu papel de adversário dos órgãos federais que protegem o meio ambiente com prazer também particular. Ou os funcionários endossam seus pontos de vista ou são tratados como "bicho grilo chuchu beleza". Até a gíria a que recorre para desqualificar aqueles de quem não gosta é cafona e atrasada. Isso tudo tem um preço. A fama de Bolsonaro de inimigo do meio ambiente ganha o mundo. E é grande o risco de que isso salte para os negócios. Depois do Museu de História Natural de Nova York, mais uma entidade se recursou a sediar o evento da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, que confere ao presidente brasileiro a distinção de "Homem do Ano". O Cipriani Hall, luxuoso salão de Wall Street, disse "não". Também nesse caso, pesou a reputação de Bolsonaro de adversário dos direitos humanos e, ora vejam, do meio ambiente. Só para lembrar: a fama de um chefe de Estado tem consequências também para o país que ele lidera.
Por Reinaldo Azevedo
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