Os médicos estão entre as categorias mais "bolsonarizadas" do país. Por enquanto ao menos. Sim! As pessoas são livres para fazer suas escolhas. Só deixo aqui uma recomendação às entidades de classe que reúnem esses profissionais: cuidado para que não haja condescendência com ações que costeiam o crime contra a saúde dos pobres!
O governo estuda mudar o nome do programa "Mais Médicos". Essa é uma prática antiga em Banânia: rebatize o que outro fez e chame o velho, sob nova roupagem, de novidade. E tanto pior se o novo vem de modo rebaixado.
O jornalismo investigativo tem uma pauta e tanto pela frente. O Ministério da Saúde quer chamar o "Mais Médicos" de "Médicos Pelo Brasil". Qualquer que seja a denominação, no momento, o programa assistiu a uma deserção de profissionais. Do total de 7.120 inscritos desde que os cubanos deixaram o Brasil, 1.052 abandonaram o programa. Isso significa que um monte de pobre está sem atendimento.
Na nova configuração, São Paulo, Rio e Brasília, por exemplo, não seriam atendidos pelo programa, como se não houvesse miseráveis nessas cidades que precisam do atendimento gratuito. Que falem as periferias de São Paulo ou os morros do Rio.
Uma das características deste governo é a chamada "imaginação destruidora", sem que venha acompanhada da imaginação criadora.
Cuidado com o jaleco, doutores! Ou eles jamais se deixarão manchar pelo sangue de pobre.
Por Reinaldo Azevedo
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