A Comissão de Minas e Energia da Câmara deseja ouvir explicações do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, sobre a política de reajuste de combustíveis da estatal. O executivo já havia sido convidado para uma audiência pública. Negociava-se uma data, provavelmente no mês de maio. Mas a crise provocada pela interferência de Jair Bolsonaro no reajuste do diesel precipitou os fatos.
Presidente da comissão, o deputado Silas Câmara (PRB-AM), anotou no Twitter: "Diante da decisão do presidente Bolsonaro de interferir no aumento no óleo diesel, proposto pela Petrobras, causando uma perda de R$ 32 bilhões no preço de mercado da empresa, enquanto presidente da Comissão de Minas e Energia, decidi antecipar a audiência pública."
A decisão de Silas coincide com o desejo da oposição. É de autoria do deputado Padre João (PT-MG) o requerimento que resultara no convite a Castello Branco. O convidado não é obrigado a comparecer. Por isso, os deputados cogitam aprovar uma convocação caso Castello Branco esboce alguma resistência em antecipar o atendimento ao convite.
Suprema ironia: o requerimento de um deputado petista serve de escada para que a Câmara cobre do presidente da Petrobras explicações para o fato de Bolsonaro ter ensaiado a intenção de imitar Dilma Rousseff, represando reajuste de combustível.
Por Josias de Souza
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