quarta-feira, 18 de maio de 2016

Rombo das contas públicas pode ir a R$ 150 bi em 2016


Henrique Meirelles, ministro da Fazenda

Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prazo de publicação do relatório de receitas e despesas do governo até sexta-feira será cumprido(Evaristo Sa/AFP)

A nova equipe econômica fez as contas e calculou como pior cenário para a meta fiscal deste ano um déficit de 150 bilhões de reais nas contas públicas. A tendência é fixar a meta com o cenário que leva em consideração o maior risco para evitar uma nova mudança até o final do ano. A estratégia inverte a lógica da política fiscal adotada até agora de seguidas alterações da meta. Também permite depois ao governo apresentar um resultado melhor.

“Estamos discutindo uma convergência para a meta no pior cenário para apresentarmos um resultado fiscal melhor”, informou nesta terça-feira um integrante da nova equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer. A definição da meta fiscal será feita até sexta-feira, informou também na terça, no Rio de Janeiro, o ministro do Planejamento, Romero Jucá. Junto com a nova meta será apresentada uma programação para se chegar novamente a um resultado superavitário das contas do governo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o prazo de até sexta-feira para publicação do relatório de receitas e despesas será cumprido, mas não antecipou um contingenciamento ou uma nova proposta de meta fiscal. O ministro disse que, até lá, terá mais informação sobre as contas. “Os prazos serão respeitados e obviamente, a partir daí, faremos a melhor avaliação possível dentro dos prazos necessários”, disse.

Em meio à avaliação dos cenários, a área econômica já enfrenta pressões de ministros por liberação de recursos. Os titulares das pastas assumiram os cargos e encontraram recursos escassos por causa do último contingenciamento temporário, de 21,2 bilhões de reais, feito pelo governo em março, até que a mudança da meta fosse aprovada pelo Congresso. A previsão é que a medida seja desfeita, dando alívio aos novos ministros. Veja\Com Estadão Conteúdo

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