Realizou-se no Senado, nesta segunda-feira, uma sessão festiva em homenagem ao aniversário de 60 anos da Petrobras. A presidente da estatal, Graça Foster, disse em discurso que vem aí uma nova companhia. Começou a ser erigida em 2003, sob Lula. “Estamos ao mesmo tempo, paralelamente, ao longo dos últimos dez anos, construindo uma segunda Petrobras, que fica pronta daqui a pouco.”
Graça não disse palavra sobre a crise financeira que grassa ao seu redor. Ao deixar o plenário do Senado, foi assediada pelos microfones. Perguntaram-lhe o que achou da decisão da agência de risco Modddy’s, que acaba de rebaixar a nota da Petrobras. E ela: “É um alerta”. Ou: “Ninguém gosta de ganhar nota baixa.” Ou: a empresa “vai passar a cuidar ainda melhor de seus indicadores.” Por fim: “Será superado”.
Um incauto que observasse a cena ficaria tentado a perguntar de si para si: “Tudo bem que a dona Graça anuncie a construção de ‘uma segunda Petrobras’. Mas será que dá para devolver a primeira?”
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