O PT já realizou alguns prodígios no ensino universitário, embora os áulicos tentem esconder. Na gestão de Fernando Haddad o número de analfabetos no terceiro grau dobrou: de 2% para 4%. O de universitários precariamente alfabetizados saltou de 24% para 38%. Conquistas legítimas do petismo.
O partido resolveu inovar mais uma vez. Uma lei de iniciativa do governo federal simplesmente proíbe as universidades federais de exigir dos candidatos a professor títulos de mestrado e doutorado. Basta terminar a graduação e pimba! O sujeito está apto a ensinar e já pode concorrer a uma vaga de professor em concurso.
Faz sentido… O agora ministro Aloizio Mercadante chegou a anunciar na TV, em 2006, um doutorado que não tinha. Foi obrigado a se desdizer depois que o peguei no pulo. Em dezembro de 2010, apresentou uma conversa mole sobre a economia no governo Lula como e obteve o título de doutor da Unicamp. Entendo. Se é para ter doutorado como o de Mercadante, melhor não ter nenhum. Leiam o que informa Fabio Takahashi, na Folha.
*
Uma lei de iniciativa do governo federal que entrou em vigor no mês passado determinou que as universidades federais não podem mais exigir nos concursos para professor os títulos de mestre ou doutor dos candidatos. Na prática, quem só tiver diploma de graduação pode agora disputar todas as vagas abertas nas universidades. Até então, esses candidatos eram aceitos como exceção.
Após ser procurado pela Folha, o governo afirmou ontem que pretende alterar novamente a regra, para que as instituições possam voltar a exigir diploma de pós-graduação, como condição primordial para a inscrição. O governo ainda não sabe, porém, se mandará um projeto de lei ao Congresso ou se editará medida provisória. Dirigentes de universidades disseram à Folha que o Executivo não tinha a intenção de proibir a exigência de mestrado ou doutorado. Houve um erro no projeto, segundo eles, só percebido quando as universidades consultaram suas áreas jurídicas para abrir os concursos.
A mudança, porém, já trouxe resultados práticos. A Federal de Santa Catarina, por exemplo, está selecionando 200 professores com diploma de graduação (inicialmente, exigia doutorado). Na Federal de Pernambuco, os departamentos de física e de química decidiram suspender os processos por discordar da nova regra.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário