sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A tribuna do povo está nas redes sociais



 

O século XXI trouxe uma nova visão sobre o mundo, cujas fronteiras estão sendo derrubadas com a globalização e o acesso à internet. O cidadão comum ganhou voz igual, independentemente de classe, cor, orientação sexual ou necessidades. Os problemas enfrentados por minorias tornaram-se assunto das discussões e são cada vez mais foco de ações promovidas por órgãos públicos, que percebem o impacto que pequenas mudanças causam na vida dessas pessoas. 

Nossos pais e avós sempre alertaram que a voz do povo é a voz de Deus. Na era Zuckerberg, essa voz está nas redes sociais, especialmente no Facebook. E exemplos espantosos de como o povo solta a voz cada vez mais forte surgem a cada dia. 

Políticos vêm sentindo na pele o poder de ferramentas como o Facebook e Twitter, veículos notáveis para mobilizações populares, o estrago que o cidadão inconformado pode fazer no alvo em exposição. 

É um erro imaginar que redes sociais são apenas espaços para compartilhar piadas, frases de autoajuda e fotos de comida. O instituto norte-americano Pew Research Center constatou que, além do uso recreativo, as redes sociais também incentivam a mobilização social. Ao analisar mais de 2 mil perfis, o estudo concluiu que os jovens conectados têm 150% mais propensão ao engajamento político e 78% mais possibilidade de influenciar alguém na escolha do voto. 

Autor do livro “Movimento dos movimentos”, o sociólogo Sérgio Coutinho acredita que as mídias sociais têm mais efeito que mobilizações tradicionais, como o Fórum Social Mundial. Ele cita como exemplos os movimentos Occupy Wall Street e a Primavera Árabe, que nasceram no mundo digital e obtiveram efeitos práticos na “vida real”.

O povo ganhou voz e atitude. E cobra com muita veemência. Seja falando de política, economia e claro, dos assombradores que insistem em prejudicar a nossa sociedade. Que no caso são muitos.

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