segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A bermuda dos poderosos chefões Cachoeira e Dirceu


Veja:

Carlinhos Cachoeira, à direita, e José Dirceu, à esquerda: gosto por bermudas caras de grife francesa

A marca francesa Vilebrequin tem atraído para si o marketing que nenhuma empresa quer: o negativo. Depois de vestir o chefe do mensalão, José Dirceu, ela coloriu no último fim de semana a lua de mel do contraventor Carlinhos Cachoeira. Condenados à prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, ambos ainda desfrutam das coisas boas da vida: no Brasil, uma Vilebrequin custa entre 530 reais e 1 400 reais.

A grife francesa nasceu nos anos 1970 no balneário de Saint-Tropez e ganhou notoriedade com George Clooney, Brad Pitt e do príncipe William. O modelo VIP, de 1 400 reais, tem estampa bordada, ponteiras de prata no cordão e número de série. O modelo de Cachoeira traz a estampa Salamandra, recém-chegada ao Brasil, para uma venda especial de Natal. O preço do mimo? 575 reais. 

Só é possível encontrar a peça nas lojas de São Paulo e do Rio de Janeiro da marca – ou no exterior. Nas multimarcas que revendem os produtos da grife, o modelo Salamandra do bicheiro ainda não chegou. É o caso de Goiânia, de onde Cachoeira está proibido de sair sem autorização da Justiça.

A bermuda de Dirceu, de uma coleção antiga, não é vendida no Brasil. Lá fora, o modelo estampado com selos em tons de verde e marrom de Dirceu sai de 530 reais a 575 reais.

Além da roupa de banho chique, Cachoeira e Dirceu têm em comum a ficha criminal: os dois foram condenados por corrupção ativa e formação de quadrilha. A pena do bicheiro abarca ainda o crime de peculato. Cachoeira era o chefe de um bando que explorava o jogo ilegal, desarticulado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Dirceu comandou o esquema do mensalão, para compra de apoio parlamentar durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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