Prefeitura vê truculência; estado diz que medida só será aplicada em casos graves
O Globo
A medida que será adotada a partir da semana que vem em São Paulo para internação compulsória de dependentes químicos opôs ontem as atuais administrações do estado e da prefeitura da cidade, em uma queda de braço entre os governos de PSDB e PT.
Em cerimônia de posse, o novo secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sotilli, indicou que o prefeito Fernando Haddad, do PT, atuará de maneira oposta à administração do governador Geraldo Alckmin, do PSDB, no tratamento a usuários de drogas.
Segundo ele, a gestão municipal pretende fazer uma abordagem “com respeito aos direitos humanos”, levando em conta a vontade dos usuários e sem usar a força.
O tema é o primeiro a colocar em lados opostos as gestões municipal e estadual desde a posse de Fernando Haddad, em uma antecipação do embate que será travado entre PT e PSDB pelo comando de São Paulo em 2014.
— Nós vamos trabalhar em outra perspectiva, no sentido de valorizar os direitos humanos e construir os caminhos necessários para que essas pessoas saiam do crack, que não pela força. O uso de força não resolve em nenhuma situação — afirmou Rogério Sotilli.
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