sábado, 19 de janeiro de 2013

Sem verba e endividadas, prefeituras cancelam Carnaval 2013


Folha

Em algumas cidades pelo Brasil, a música tema do Carnaval de 2013 poderia ser a marchinha "Me dá um dinheiro aí", dos irmãos Homero, Glauco e Ivan Ferreira. Mas isso se houvesse a folia.

Com dívidas herdadas de gestões anteriores e apertando os cintos dos municípios, novos prefeitos estão reduzindo a quantia repassada para desfiles e blocos, adiando e até cancelando a folia. Tudo por causa da falta de verbas.

Alguns alegam também que as administrações passadas não organizaram a festa e não há mais tempo para fazer isso.

Ao menos duas capitais já cancelaram desfiles, medida também adotada por pelo menos mais dez cidades.
Em outras cinco, a folia foi reduzida ou até adiada.

4 comentários:

Miriaklos Piradoupoulos disse...

Esta decisão de suspender os carnavais, se tivéssemos mesmo vergonha na cara, deveria ser sempre, e não somente nestas circunstâncias. Carnaval tem que ser coisa de pessoas abnegadas, como faziam o Odairzão da Vila Bela, o Fio 30, o Cantinflas e tantos outros. Tem que ser um movimento espontâneo e não orquestrado e com obtenção de favores do dinheiro público. Entendo que não se deveria, como não se deve, repassar um centavo sequer de nosso dinheiro. Temos que entender que temos necessidades prementes e prioritárias e que as escolas de samba se organizem e promovam durante o ano shows, batuques e outras coisas mais, para que arrecadem e não fiquem como chupins, esperando que venha a verba oficial. Se a Secretaria de Cultura se interessar existem mil e uma forma de ajudar nesta promoção. Mas, creiam, tem que pensar e agir propositivamente, pois Secretaria de Cultura é isto.

Miriaklos Piradoupoulos disse...

Esta situação de suspender os carnavais deveria, se tivéssemos vergonha na cara, que se dar sempre e não somente nestas condições. Temos que entender que temos necessidades prementes e urgentes e que os valores públicos deveriam ser a isto destinado e não às escolas de samba. O carnaval tem que ser espontâneo, tal qual se dava em tempos passados com pessoas abnegadas como Odairzão da Vila Bela, o Fio 30, o Cantinflas e muitos outros. As escolas de samba que se promovam durante o ano, que se articulem para arrecadar, mas com esforços delas mesmas e não com ajuda oficial (como estão falando em lhes dar barracão, em prédio publico) o que não pode, pois não tem não têm personalidade jurídica para com o Poder Público contratar (olha a ação popular ai gente), e não ajam como chupins esperando o dinheiro público. A Secretaria de Cultura, querendo, tem mil e uma alternativa para orientar as escolas, basta que tenha um pouco, um pouquinho só, de interesse e imaginação.

Lucas disse...

Miriakos parabéns pela coragem e precisão da análise e que as escolas de samba e os políticos entendam e hajam assim.

Roberto Guimarães disse...

Tudo o que o Brasil precisa é que entendamos que estas quinquilharias não podem ser bancadas pelo dinheiro do povo com o que, no entanto, não tenho nenhuma esperança, pois para um povo sem cultura, sem formação e com uma sociedade desestruturada como estamos, os políticos usam o pão e o crico para ir levando essa sacanagem à frente.