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O custo de vida do Brasil superou o dos Estados Unidos em 2011, quando medido
em dólares, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o PIB dos
187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente.
Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente
o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que
é o mais caro em dólares de todo o mundo emergente.
Na verdade, há outros quatro casos semelhantes, mas referentes a São Vicente
e Granadinas, um arquipélago minúsculo; Zimbábue, país cheio de distorções, onde
a hiperinflação acabou com a moeda nacional; e Emirados Árabes Unidos e Kuwait,
de população muito pequena, gigantesca produção de petróleo e renda per capita
de país rico.
Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais
tende a convergir nos diferentes países, descontadas as tarifas de
importação.
Isso ocorre porque eles podem ser negociados no mercado internacional, e,
caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de importar. Mas a
maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do
comércio exterior. Assim, eles divergem muito em preço entre os países.
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