Um satélite já inativo da Nasa, levado pela tripulação da Estação Espacial
Internacional (ISS) em 1991, irá atingir a Terra ainda este mês com detritos,
mais provavelmente aterrissando em algum oceano ou região sem população,
afirmaram representantes da agência espacial.
O Upper Atmosphere Research Satellite (UARS) foi ligado em 2005, se juntando
às toneladas de lixo espacial que orbitam a Terra. O satélite de 6,5 toneladas
deve voltar ao planeta ao final desse mês, embora os especialistas não saibam
precisar quando nem onde.
"A atmosfera muda todos os dias. É impossível dizer como isso irá afetar a
sua volta", disse Michael Duncan, vice-líder do departamento de percepção
situacional do espaço no Comando Estratégico dos Estados Unidos.
Satélites e corpos rochosos caindo na Terra não são nenhuma novidade. No ano
passado, cerca de 400 pequenos pedaços de detritos entraram em nossa atmosfera e
puderam ser encontrados.
Partes velhas de foguetes e satélites entram na atmosfera terrestre uma vez
por semana. Um grande satélite como o UARS (que tem 10 metros de comprimento e
4,5 metros de diâmetro) volta à Terra uma vez por ano.
A maior parte do UARS vai queimar durante sua entrada na atmosfera, mas até
26 pedaços individuais, de massa combinada de 500 kg, irão sobreviver à queda,
afirmou Nicholas Johnson, cientista do Programa de Controle de Detritos em
Órbita da Nasa. O maior pedaço esperado, parte da estrutura do satélite, deve
pesar 150 kg, acrescentou.
Segundo a Nasa, os detritos muito provavelmente cairão no oceano ou em áreas
não habitadas. A órbita do satélite passa por grande parte do planeta, desde o
norte do Canadá até parte do sul da América do Sul. A probabilidade de que
alguém seja atingido pelos detritos é de um em 3.200, afirmou a agência
espacial.
Devido ao seu grande tamanho, a entrada na atmosfera do satélite será
visível, caso haja alguém por perto.
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