Está em curso uma operação para facilitar a ascensão de Fernando Haddad, ministro da Educação e pré-candidato de Lula à prefeitura de São Paulo. E ela passa pela reforma ministerial que a presidente Dilma deve realizar em dezembro, com a saída dos ministros que devem ser candidatos às eleições municipais. O grande nome dessa reforma seria o de Gabriel Chalita, que desistiria da disputa em São Paulo, para assumir um ministério de peso na máquina federal, como o da Educação, hoje ocupado por Haddad, que deve sair. Assim, seria possível reproduzir, no plano municipal, a aliança realizada entre PT e PMDB, que venceu as últimas eleições presidenciais.
Falta, no entanto, convencer Chalita e o próprio PMDB. Segundo deputado federal mais votado nas últimas eleições, ele acredita que tem chances reais de vencer a disputa. Sua aposta: indo para o segundo turno contra um candidato do PT, teria o apoio do governador paulista Geraldo Alckmin, de quem é amigo. O PMDB, por sua vez, considera estratégica a eleição de Chalita em São Paulo, para que o partido se posicione com força para a disputa de 2014. Há quem avalie, entretanto, que a demissão de Wagner Rossi, da Agricultura, enfraquece a candidatura de Chalita, por reduzir suas condições de financiamento.
Outra peça importante a ser removida, na operação pró-Haddad, é Marta Suplicy, que lidera as pesquisas de opinião em São Paulo, com 30% das intenções de voto. E isso também passaria pela reforma ministerial de Dilma. Fala-se que Marta poderia assumir o das Cidades, hoje ocupado pelo encrencado Mario Negromonte, do PP. Oficialmente, Marta e Chalita prometem ir até o fim. Mas, em política, nada é definitivo.
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