Elas são as únicas mulheres entre os 400 homens do Bope, tropa de elite da
Polícia Militar. Assim como os rapazes, sobem o morro, pegam em armas e negociam
com traficantes. Mas, ao contrário deles, são vaidosas, adoram um esmalte
colorido e não pedem para sair
Da esq. para a dir.: soldado Ana Paula, capitão Bianca,
tenente Marlisa e sargento Ana
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Ana da Silva, 43 anos, foi a primeira mulher a entrar no Bope, em 2001, depois
de dez anos servindo no Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Casada há sete com um colega de farda, atua nos morros cariocas e no
departamento de disciplina da corporação. Bianca Cirillo, 40, está na tropa há
três, é psicóloga, casada e expert em negociação de liberação de
reféns. Ana Paula Monteiro, 29, chegou há dois anos e meio, namora há seis com
um dentista e cursa o terceiro ano de Engenharia Civil. Marlisa Neves, 29, é
formada em Jornalismo, entrou na polícia há oito anos, no Bope há seis meses e
cuida da assessoria de imprensa do grupo. Nenhuma delas fez o desumano Curso de
Operações Especiais (aquele que aparece no "Tropa de elite I"),
mas todas sobem o morro, sabem atirar e negociar com
bandidos. Foram submetidas a duros testes de resistência física e
psicológica até serem condecoradas sargento, capitão, tenente e soldado — assim
mesmo, no masculino. É que, ao contrário da presidenta Dilma, elas não podem
adotar o feminino nas patentes. Devem respeitar a regra oficial das Forças
Armadas.
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