Sem lei para evitar que a indústria petrolífera se aproxime perigosamente da
reserva de Abrolhos, no litoral da Bahia, o Brasil tem hoje 13 blocos de
extração de óleo localizados tão próximos do santuário de 9 mil baleias-jubarte
que, em caso de acidente, não há segurança ambiental mínima para evitar um
desastre ecológico.
Com base em acidentes já registrados e políticas adotadas em outros países,
os pesquisadores dizem que a exploração de petróleo não deveria acontecer em um
polígono de 92 mil quilômetros quadrados - área equivalente à de Portugal - ao
redor do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, o local de maior biodiversidade
do Atlântico Sul. Essa é a área que, pelas características das correntes e a
riqueza da flora e fauna da região oceânica, funcionaria como uma rede de
proteção contra eventuais acidentes.
Para se ter ideia de quanto vale a segurança ambiental dessa distância, o
derramamento de óleo no Golfo do México, no ano passado, afetou 229 mil
quilômetros quadrados, uma área duas vezes e meia maior que o polígono sugerido
para Abrolhos. Leia mais.
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