O Globo
Ao dar o Ministério do Turismo para outro nome indicado pelo presidente do
Senado, José Sarney (PMDB-AP) , o mesmo padrinho político do demitido Pedro
Novais, a presidente Dilma Rousseff mostra estar refém de um processo atrasado
de presidencialismo de coalizão, segundo analistas políticos e líderes da
oposição.
Para eles, paralelamente ao processo de demissão, Dilma deveria romper com os
apadrinhamentos que fogem a critérios de profissionalismo para dar um caráter
mais técnico do que político aos ministérios.
A presidente, na avaliação dos analistas, precisaria ter dito publicamente
que os postos seriam ocupados por gestores compromissados com a probidade na
administração dos recursos públicos e credibilidade - como fez no Dnit, por
exemplo. Mas, ao aceitar a indicação de um ministro feita por Sarney, a
presidente teria adotado a linha "mudar para não mudar".
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