Absolvição da deputada Jaqueline Roriz pela maioria do plenário anima defesa do parlamentar, que já espera por arquivamento do caso
No dia 14 de setembro o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentará
seu parecer preliminar. Independentemente da posição do tucano, a expectativa é
a de que o processo seja arquivado.
Valdemar foi levado ao Conselho de Ética por PSOL e PPS. Os partidos reuniram
denúncias veiculadas pela imprensa que apontam a participação do deputado em
reuniões no Ministério dos Transportes nas quais se pedia a empresários o
pagamento de propina para a liberação de recursos.
Consta também no pedido de investigação um vídeo no qual Valdemar negocia a
liberação de recursos do ministério para que o deputado Davi Alves Silva Júnior
ingresse no PR. A representação traz um trecho de entrevista do deputado a uma
rádio de Mogi das Cruzes na qual ele diz "querer" uma diretoria de um banco
público para ajudar aliados a liberar verbas. Um aditamento incluiu ainda no
escopo da investigação a denúncia de fraudes na "Feira da Madrugada" em São
Paulo.
Apoio. Ao contrário do que aconteceu com Jaqueline, a defesa
de Valdemar é feita de forma aberta por alguns deputados. "Não há materialidade
nenhuma", diz o líder do PR, Lincoln Portela.
Mesmo quem ataca o deputado já dá a absolvição como certa. "No caso do
Valdemar, talvez a absolvição seja ainda no Conselho. Essa legislatura
precocemente mostrou uma senilidade de valores", afirma o líder do PSOL, Chico
Alencar. Para ele, o resultado no caso Jaqueline mostrou que a Câmara considera
a corrupção como algo natural.
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