Alguns números ajudam a entender a dimensão do problema. O programa Mais Médicos compreende 18.240 vagas — 8.332 ocupadas por cubanos, espalhados em 2.857 municípios. Há nada menos de 2 mil ociosas — vale dizer: que não foram preenchidas. Pouco mais de 4.500 abrigam médicos formados no Brasil. Há 2.842 pessoas com formação no exterior e 451 estrangeiros de outras nacionalidades. De saída, isso quer dizer o seguinte: há 2 mil postos de trabalhos abertos que, já hoje, não despertam o interesse de ninguém, muito menos de brasileiros. E não que os vencimentos sejam ruins quando se considera a média salarial do país: cada profissional recebe R$ 11.865,60. A cidade que os abriga deve ainda arcar, segundo o convênio, com um valor entre R$ 550 e R$ 2.750 para despesas de aluguel e entre R$ R$ 550 e R$ 770 para alimentação. Para comparar: a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.100 no ano passado.
Por Reinaldo Azevedo
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