Em reunião com líderes do PSDB e do DEM, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assumiu o compromisso de pedir a todos os partidos que indiquem os seus representantes na CPI mista da Petrobras, que será integrada por 13 senadores e 13 deputados. Mais cedo, Renan solicitara aos líderes partidários que fizessem “imediatamente” apenas as indicações para a CPI do Senado, sem a presença de deputados.
Após rebelião dos deputados, que não admitiram ser excluídos da investigação, Renan recebeu em seu gabinete os líderes do PSDB e do DEM na Câmara e no Senado. Em conversa de uma hora e meia, testemunhada por Eduardo Braga (PMDB-AM), líder de Dilma Rousseff no Senado, Renan concordou em levantar os obstáculos que atravessara no caminho da comissão mista.
À tarde, falando do microfone do plenário, Renan dissera o seguinte: “A oposição sempre deixou clara sua preferência pela CPI mista, mas sua instalação não poderá acontecer por iniciativa do presidente do Senado. A decisão de uma CPI se sobrepor à outra tem que ser política.” Ele marcara para terça-feira (6) uma reunião para discutir o tema com todos os líderes.
Na conversa noturna, Renan declarou que usará o encontro de terça para informar aos líderes sobre sua decisão de estender à CPI mista a mesma solicitação de indicações que fizera para a CPI do Senado. Na prática, Renan transferirá para os partidos a incumbência de definir qual das duas CPIs vai funcionar.
O governo prefere a comissão do Senado, mais fácil de ser controlada. A oposição prefere a CPI mista porque sua composição incluirá governistas dissidentes. Na Câmara, excetuando-se o PT, há dissidentes em todas as legendas governistas. Juntando-se à oposição, esses dissidentes podem produzir maiorias eventuais na CPI.
Estiveram com Renan, além de Eduardo Braga, os senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), além dos deputados Mendonça Filho (DEM-PE), Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e Nilson Leitão (PSDB-MT).
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