Transformado em vilão das metrópoles e cobiçado por uma legião de novos consumidores, o carro chegou a uma encruzilhada
A conclusão é inevitável como um congestionamento na volta de um feriado: se tudo continuar como está, vai faltar asfalto para tanto carro. A cada minuto, 152 novos automóveis deixam as fábricas do mundo para ganhar as ruas. Em seis anos, serão 203. No Brasil, entre 2002 e 2012, o ritmo do aumento da frota foi de seis vezes a taxa de crescimento da população urbana — enquanto o número de habitantes das cidades cresceu 14%, a quantidade de automóveis aumentou 85%. “A era dos megacongestionamentos chegará ao seu momento mais agudo em poucos anos”, diz o urbanista americano Michael Kodransky. Até o início do século passado um luxo para deleite exclusivo dos muito ricos, o carro entrou na esteira da produção em série e saiu de lá transformado no sonho — possível — das multidões. Agora, chega ao século XXI como o bode expiatório das metrópoles — culpado não só pelo tormento dos engarrafamentos, mas pela poluição do ar, pela poluição sonora, pelo aquecimento global e até pela obesidade das populações. De herói, virou vilão. Conseguirá escapar dessa encruzilhada?
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